O grupo de pesquisa Diaspotics – Migrações Transnacionais & Comunicação Intercultural – lançou, no dia 15 de abril, a cartilha “Migrações e Redes Sociais”, que reúne informações para promover a segurança digital e oferecer orientações sobre os riscos de golpes virtuais. 

O material aborda práticas de segurança online, descreve as estratégias de atuação de coiotes nas redes sociais e aponta as principais armadilhas que envolvem falsos agentes de imigração.  Além disso, oferece informações sobre o que fazer se há suspeita de golpe com falsos agentes de imigração e um compilado de serviços que oferecem suporte a pessoas migrantes, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o  Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, e os Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

O documento, lançado durante um evento online, é fruto do resultado da pesquisa acadêmica elaborada por Brunno Ewerton, psicólogo e doutorando do Instituto de Psicologia da UFRJ. A cartilha foi disponibilizada gratuitamente em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês, e pode ser acessada aqui.

Durante a apresentação do documento, Ewerton destacou que o objetivo foi criar um material de fácil acesso para o público migrante. “A gente precisava de um material educativo, que não tenha uma linguagem tão acadêmica, que seja um material que as pessoas possam ler. A cartilha é um material lúdico, com figuras e textos diretos, apresentando as informações de maneira direta e democrática”, explicou o autor.

A cartilha foi discutida enquanto um instrumento prático para fortalecer a proteção de migrantes no ambiente digital e também como uma ação concreta em defesa dos direitos humanos. Com linguagem acessível e foco no empoderamento informacional, a publicação poderá ser considerada uma referência para organizações e instituições que atuam no apoio a pessoas migrantes no Brasil.

O professor Mohammed ElHajji, coordenador do grupo Diaspotics e docente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressaltou, durante o evento, a importância do documento como um exemplo de devolução do conhecimento acadêmico para a sociedade. “Esse trabalho se inscreve completamente no espírito da universidade pública porque ele tem ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o acadêmico.

Além da equipe do Diaspotics, o evento reuniu representantes de órgãos públicos e especialistas na área de migração e direitos humanos. Estiveram presentes Ana Maria Gomes Raietparvar, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; Julia Kronemberger, do Governo do Estado do Rio de Janeiro; e Benvindo Manima, do CRAI Rio, além da professora Denise Cogo, da ESPM.

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Por Bruno Pereira, Letícia Pires, Maria Morena Gomes (Alunos de Laboratório de Cidadania da Escola de Comunicação da UFRJ, sob supervisão de Fernanda Paraguassu)